Eddie Vedder resolveu fazer uma pausa na carreira junto a sua banda, a já famosa Pearl Jam, que embalou muitos grunges com suas canções fortes e letras espetaculares. Culpa do já citado vocalista e frontman de uma das bandas mais amadas do planeta!
Agora ele volta a navegar em carreira solo com mais um disco, diferente e simpático, mas decididamente fora dos padrões reconhecidos com sua banda, porém bem próximo do que já havia feito com Into The Wild, álbum de estréia que também foi trilha sonora de um filme com mesmo nome. O novo álbum é bem minimalista, só tem Eddie nos vocais e seu ukelele, o pequeno instrumento de quatro cordas havaiano, muito parecido com o nosso cavaquinho.
E você quer saber se esse álbum vale a pena ser ouvido?
Com certeza!!!
São melodias simples, mas muito bem construidas. O tipo de música pra você ouvir de boa, descansando, lendo algo ou até viajando para a praia. As canções bebem um pouco da tradição folk norte-americana e são muito fáceis de serem assimiladas. Eu sou meio suspeito para falar, porque adoro o tipo de música que Vedder faz.
É claro que o álbum parece ter saído de alguns sets acústicos que o Pearl Jam constumava fazer, pois as músicas não se diferenciam tanto, pelo fato de ser só vocal e instrumento de corda. Mas vale a pena até pra quem é músico, arriscar tirar uma dessas músicas no violão e tocar numa rodinha de amigos.
"Can´t Keep" é o single de abertura e de apresentação do álbum, tendo até um clipe "simples", mas bem bonito. Ela já é conhecida do público e foi usada no álbum Riot Act (2002) do PJ, mas com o a pegada rock da banda, utilizando todos os instrumentos. O restante do conteúdo é demais!
Destaques para "Loging to Belong", com uma pitada de violinos (ou violoncelos), o dueto de Vedder com Cat Power em "Tonight You Belong To Me", "Without You" e "Light Today". "You´re True" é a mais "pesadinha" do álbum por conta da acelerada que Eddie coloca na música.
O mais engraçado é que, vendo o clipe de Can´t Keep, você percebe que Vedder está numa fase nova de sua carreira e vida, porque se introduz aí um novo fato: a velhice. Tanto dele quanto a de quem ouvia o bom e velho som grunge da época de Ten. Acho que estamos presenciando o nascimento de mais uma lenda do rock e crescer ouvindo o cara, acompanhar sua carreira e vê-lo vivo e produzindo coisas de qualidade, dá orgulho e certeza de que o rock n´roll definitivamente não precisa de mártires, jovens músicos brilhantes que morrem cedo por não aguentarem as pressões da vida artística. Saluto, Eddie!
Fico imaginando o que esse cara ainda vai fazer daqui a 10 anos, provavelmente com mais de 50, com mais rugas e cheio de cabelos brancos e nós, "quase" velhos fãs estaremos ouvindo seu som no carro enquanto viajamos para a praia em companhia de nossos filhos, que com certeza também irão curtir.
Ukulele Songs é um álbum bonito, com Eddie Vedder tocando 16 músicas apenas no ukulele, simples assim, mas que desperta sentimentos diversos. Muita gente não vai entender a intenção do álbum e para esses eu digo: Relax and enjoy! Pra quem não é fã, ouví-lo do começo ao fim pode ser um saco, mas tenho certeza que algumas músicas serão pinçadas dessa experiência e no mínimo 5 ou 6 delas estarão em seus tracklists.
Eu espero um próximo álbum mais complexo, com sonoridade entre seu primeiro trabalho solo e algumas coisas do PJ, e esse já serve para eu esperar por isso!
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