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30 de mar. de 2009

Resenha da Subversos 3 pelo Zine Brasil

É sempre bom ver quando seu trabalho foi reconhecido.
Ainda mais por pessoas que entendem e discutem sempre sobre quadrinhos, como é o caso da amiga Michelle Ramos do Zine Brasil.
Ela fez a resenha da edição n° 3 da revista Subversos, que foi lançada no ano passado e destacou, entre outros, a minha HQ, Retrato de uma vida!
Então, clique aqui é veja a resenha.

Se você quizer ver a história, esse link te leva até o download da revista.

Valeu!

26 de mar. de 2009

Das antigas: Fanzine Submundo Mamão

Remexendo nas minhas coisas antigas, tive a surpresa de encontrar 3 pérolas da época que o Submundo mamão era apenas um projeto de fanzine!
Na verdade, apenas uma delas vingou. As outras ficaram encostadas como a maioria das coisas que fazia na época.
Esse logo aqui embaixo era usado na minha coluna no fanzine onde eu falava de música, livros, filmes de ficção científica e de terror (eu me amarrava neles!) e principalmente quadrinhos.
Eram as novidades do Submundo! Do underground.

SubNews é uma marca que uso até hoje. Agora virou um espaço onde eu posso publicar minhas Hqs, mas está meio parado ultimamente, pois o WordPress gratuito não funciona muito para aquilo que eu quero.
Queria algo nos moldes que o Quarto Mundo utiliza, porém para isso, precisa se desembolsar uma grana.
.
O personagem antropomorfo que utilizo nesse logo era um cão skatista que também fazia às vezes nas estampas das camisas que eu fazia quando tinha a minha "micro-empresa" de silk-screen, a Shiloh Blue.
Cara, eu tinha uns 16 a 17 anos, andava de skate e trampava de desenhista e arte-finalista para uma estamparia em São José do Rio Preto, a Underworld, que era uma linha desenvolvida pra galera do skate. Quando eu fiz uns 19 anos e me mudei pra Valinhos, abri meu próprio negócio de venda de camisas com meu irmão e conheci uma galera que também curtia skate, um hardcore e os meus desenhos! O que ajudou nas vendas!
Depois mais tarde, trampando num lugar mais promissor, encontrei uma galera que queria fazer um fanzine sobre as coisas da cidade.
E me incubiram de batizar o fanzine, vai vendo...
.
Eu tinha vontade de voltar a utilizar o nome Underworld em algo, porém já tinha o nome rolando em outra marca e a idéia original também não era minha, então desencanei disso. Aí pensei em algo como underground, em minúscula, já que era "hype" ser ou falar sobre a cena underground das ruas, mas aí pintou o lance da galera querer algo em português.
Foi aí que pensei em Submundo. Mas só Submundo?
Porra, Vini, só Submundo, só isso? - me pressionaram meus colegas fanzineiros.
- "Tá legal! Tá legal! Vai ser Submundo Mamão então!"
.
É... ninguém entendeu o significado, e ninguém entende até hoje.
"Qualé a do mamão?" - alguns já me perguntaram.
Não é nenhuma lhes respondo! E por que tinha que ser? Por que não aceitaram só a merda da palavra Submundo e ponto, catso!?
Tenho uma péssima mania de falar merda enquanto faço uma cara séria inabalável, e nesse caso, não me questionaram muito a razão de ter um nome assim tão tosco e estranho.
.
Por fim, acho que gostaram. E pra falar a verdade, até eu mesmo curti, senão não estaria usando ele até hoje.
Mas sei que é estranho.
Dito isso, talvez eu tenha perdido a mística por trás do nome, mas whatever, isso não tem mística porra nenhuma...

Acima, temos uma das capas do fanzine, "recuperada" no scanner e com ajuda do Photoshop, já que a original já estava toda amassada, rasgada e amarelada...
Ela seria a Submundo n° 1, depois que o fanzine em conjunto não foi muito longe. Disse seria, pois se eu tivesse terminado esse monte de promessa que fiz na capa, teria certamente publicado, hehehehe.
A Família Scracho hoje não passa de três folhas de uma HQ não terminada.
Mr. Whalebone é apenas um desenho de um Homem-Peixe gordo e com cara de perdedor.
A única coisa que eu tinha em mãos eram umas histórias sobre um personagem chamado Micheca, que era baseado num colega de escola, quando eu nem estava no colegial ainda. Eu já tinha essas Hqs feitas há muito tempo, mas também umas eram cópias descaradas de coisas feitas pelo Fernando Gonzales e tive receio de publicar, mesmo sendo um fanzine.
Ela foram feitas mesmo só pra tirar uma onda.
Mas foi da maneira que aprendi a fazer HQs. Então tá valendo.

Uma das coisas legais dessa época que posso destacar hoje, estão lá no começo desse blog. Eu revivi algumas coisas aqui que foram publicadas como, por exemplo:
- As aventuranças de Cotoco;
- Primeiros passos de um filósofo bêbado;
- e o inigualável Mongo do Pântano Amarelo.

Outra HQ não-terminada, que chegou a ter chamadas no fanzine, foi a da banda de hardcore "The Bug Putrid in My Cofee" (é, eu tenho problemas para dar nomes pras coisas, reconheço!).
Ela foi o embrião da banda dos Sarnentos. The Scabies, lembra?
O Hell Duck, não aparece nessa HQ mas ele faz parte da banda.

Vou tentar retomar essas Hqs antigas. Eram histórias curtas e legais. Não acho que vai levar muito tempo pra fazer.

É. Esse foi o Submundo Mamão: Origens. =)
Pensa que só o Wolvie pode ter uma?

25 de mar. de 2009

Caricatoon: Roberto Justus

Essa é a caricatoon do Roberto Justus.
Na verdade, eu a fiz para fazer parte de uma tira sobre a crise. Ela fazia parte de um cartaz do palestrante Robério Justus, que ensinava como demitir com classe.
Esse lance de crise não tá nada engraçado, eu sei... mas nós brasileiros aprendemos a viver com crises e fazendo piadas.
Aliás, esse cara também é uma piada. Além dele ser uma caricatura brasileira do Donald Trump, inventou que sabia cantar e lançou disco... esses podres de rico, inventam cada uma!

Parabéns, campeão!

Espero que a internet não esteja atrapalhando seu trampo, assim como fez com tantos artistas de peso como o Metallica!

17 de mar. de 2009

Pênalti!

Aconteceu um caso bizarro em Bagdá.
Não, não é nenhum gênio totalmente bêbado dirigindo um tapete voador pelas ruas e nem o Saddam que resolveu ressuscitar e se vingar de todos comendo seus cérebros (vixe! Fui longe nessa! Mas daria um bom tema pro Robert Rodriguez filmar).

O caso é futebolístico.
Um torcedor iraquiano matou com um tiro um jogador do time que enfrentava sua equipe durante uma partida de futebol!

O azarado, o jogador Haider Kadhim, morreu cara-a-cara com o goleiro, enquanto tentava marcar um gol de empate nos últimos minutos do jogo.
A pergunta que não quer calar... E aí? Foi ou não pênalti?!?

Fonte: Reuters

14 de mar. de 2009

A Abertura de Watchmen - o Filme

Um dos pontos altos sem dúvida foram os créditos iniciais do filme Watchmen. Isso já se tornou "lugar comum" em qualquer resenha sobre o filme que você possa ler.
É unanimidade e todos o apontam como um grande diferencial, por ter explicado situações importantes para o entendimento do filme para aqueles que não haviam lido a revista e para os leitores "da antiga", foram inseridas partes que respeitaram a mística da história em torno do ínicio da vida desses heróis.
Ponto muito positivo para a película e para o diretor Zack Snyder!


Prova disso é que ele rapidamente "caiu na rede"! E observando novamente e atentamente a esse vídeo, pude ver coisas que passaram despercebidas e mostrar outras que já tinha comentado e visto.

Então, confira comigo no replay...



Aí vai um "walkthrought" do vídeo para orientar quanto às referências usadas!

Cena 1 - O Coruja salvando Thomas e Martha Wayne, pais de Bruce Wayne. Sim, o Batman. Também pode ser visto um pôster da HQ do personagem na parede aos fundos onde mostra Batman e Robin balançando entre os prédios de Gotham City.
Cena 2 - A "bizoiada" dos tiras nos peitos da primeira Silk Spectre. Achei hilário!
Cena 3 - O Comediante, novinho, prendendo assaltantes de banco.
Cena 4 - A primeira reunião para foto dos Minutemen em 1940. Antes do estupro da Silk pelo Comediante.
Foto mostrada bastante vezes na revista.
Cena 5 - As "Nose Arts" eram muito comuns em aviões da Segunda Guerra e as "Pin ups" eram as preferidas nesse tipo de arte. A cena mostra uma da Spectral num avião B-29.
Cena 6 - Silhouette alterando a história! O famoso beijo entre o marinheiro e a enfermeira em Times Square no dia da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial perpetuada pelo fotografo Alfred Eisenstaedt, deixou de existir aqui!
Cena 7 - Dollar Bill morto, depois de ser alvejado por um ladrão de bancos. Sua capa fica presa na porta giratória do banco, facilitando assim para o ladrão. O fato também foi lembrado na animação da Pixar, Os Incríveis, no discurso de Edna Moda contra as capas dos super-heróis. Aliás, essa não foi a única referência à Watchmen. Os heróis da Pixar também vivem em um mundo onde seus poderes não são desejados, e eles também acabaram sendo forçados a se aposentar por razões similares - processos e impopularidade. Outro tributo muito mais direto e óbvio à Watchmen: numa tentativa de se estabelecer como super-herói, Síndrome envia um robô por um míssil para destruir a cidade para fazer com que pareça um ataque alienígena.
Cena 8 - Esta não precisa muito de explicações. Referência à famosa obra de Leonardo Da Vinci, a Última Ceia. Sally Jupiter, a Espectral I, já aparece grávida e no pano de fundo, podemos ver que ela está saindo de licença ou mais provável, se aposentando. Outra curiosidade sobre a obra de Da Vinci que está ligada a Segunda Guerra Mundial, é que a original, que se encontra num convento de Santa Maria delle Grazie em Milão, sofreu agressões num bombardeio aéreo.
Cena 9 - o Minuteman Mariposa sendo levado para o hospício em 1953.
Cena 10 - A morte de
Silhouette e sua namorada, a enfermeira da foto. A homofobia é demonstrada pelas palavras escritas com o sangue das duas na parede: "Lesbian Whores" - ou o equivalente á Prostitutas Lésbicas.
Cena 11 - A notícia de que os Russos possuem a bomba nuclear no jornal de um homem que espera pacientemente pela sua vez, no trampo árduo da mãe do pequeno Walter Kovacs, que se tornaria o violento Rorschach.
Cena 12 - Registro do encontro do Dr. Manhattan e o então presidente John F. Kennedy na Casa Branca, entre cientistas e militares.
Cena 13 - Mostra Kennedy, em Dallas, sendo atingido por dois tiros num desfile em carro aberto durante a campanha para reeleição no verão de 1963 e Jackie em desespero na traseira do carro. A única diferença com o que realmente aconteceu é que em vez do ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald ser o responsável pelos disparos, temos o Comediante. Na revista apenas é insinuado que Edward Morgan Blake é o responsável por isso.
Cena 14 - Essa cena se repete mais duas vezes durante o filme. É a briga entre a mãe de Laurel Jane, que viria a ser a Espectral II, e seu suposto "pai". Vemos também a imagem de Thich Quang Duc, um monge budista vietnamita que se sacrifricou ateando fogo ao próprio corpo num protesto contra a maneira como a sociedade oprimia a religião Budista no seu país, numa rua super movimentada de Saigon em 1963.
Enquanto o seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído, por isso ficou conhecido como o Protesto Silencioso.
Outra curiosidade sobre esse caso, é que após a sua morte, seu corpo foi cremado conforme manda a tradição budista. Sim, sobrou algo pra cremar... e o mais interessante é que seu coração permaneceu intacto!
Cena 15 - Bandidos presos ao hidrante com um cartão do Rorschach no chão, ao melhor estilo Homem-Aranha!
Cena 16 - Encontro entre o cubano Fidel Castro e o chefe do governo russo Nikita Kruschev durante uma apresentação da esquadra russa, no Kremlin. Provavelmente isso aconteceu em 1961, quando a antiga URSS oferece proteção militar à Cuba. O começo da treta entre EUA e Cuba, que resultou no embargo ecônomico à partir de 59.
A curiosidade disso fica por conta do nome dos mísseis que os EUA instalaram na Turquia para atacar Cuba, Júpiter, sobrenome das Espectrais.
Cena 17 - A parte mais impressionante na minha opinião. Os protestos hippies pela paz. A moça coloca uma flor na arma do policial militar e... Cabum! Ouvi muitos "Nossa!" no cinema.
Cena 18 - Andy Warhol espondo suas obras, lá no fundo um retrato de Ozzymandias e as manchas de Rorschach. Entre elas o Coruja numa obra que ficou mundialmente conhecida na verdade, com o rosto de Marilyn Monroe.
Cena 19 - Dr. Manhattan acompanhando a missão Apollo 11 que pousou na superfície lunar em 20 de Julho de 1969, num local chamado "Sea of Tranquility" (Mar da Tranquilidade). Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornaram-se os primeiros homens a caminhar no solo lunar. A esta altura, Jon já devia estar cansado de visitar planetas...
Cena 20 - Ozzymandias na entrada de uma boate, provavelmente a Studio 54, que bombava muito na década de 70. Consegui identificar o pessoal alegre do Village People, o andrógeno David Bowie com seu personagem Ziggy Stardust e, talvez, do seu lado seja o Stone Mick Jagger. Achei que isso fosse em 72 ou 73, época em que Bowie criou o personagem, mas como a Studio 54 só inaugurou em 77, é bem possível que seja mesmo no fim dos anos 70. Também é bem possível que o Ozzy realmente tenha um lado feminino mais assim...digamos, latente. Isso explicaria a pasta "Boys" em seu computador...
Cena 21 - Adorei essa imagem! A primeira foto dos Watchmen! Isso ficou fantástico!
Cena 22 - Nixon reeleito pela terceira vez e o "Relógio do Juízo Final" sendo adiantado para às cinco para meia-noite, ou mais conhecido como 23:55 hs. O relógio mede a tensão entre os EUA e a União Soviética na revista. Quanto mais próximo da meia-noite...pior.
Na real, existe um "Relógio do fim do mundo" que foi inaugurado em 1947, pelos estudiosos que participaram do ultra-secreto Projeto Manhattan.
Na sua inauguração, o relógio marcava 11h53. Em 1953, quando os EUA fizeram o primeiro teste da bomba de hidrogênio, o relógio chegou a marcar 11h58. Após o fim da Guerra Fria, em 1991, os ponteiros recuaram para 11h45, dando ilusão de uma possível paz.
Por fim, a famosa frase "Who Watches the Watchmen?" (Quem vigia os Vigilantes?) sendo escrita numa vidraça prestes a ser quebrada. Essa frase foi retirada de uma sátira de Juvenal e é mais conhecida em latim como "Quis custodiet ipsos custodes", hum?!


Submundo Mamão também é cultura, viu?

11 de mar. de 2009

Chad depois do Dentista

Vocês, com certeza, já devem ter visto aquele vídeo do molequinho sob o efeito de anestésicos, depois de ter saído do dentista, certo?
Mas aposto que a grande maioria aí, ainda não viu esse que mostra o Darth Vader em pessoa saindo do mesmo dentista, né?

Tá certo. Não é bem o Darth e sim o Chad Vader, famoso parente "looser" do vilão...

Então, divirtam-se com Chad after Dentist!

Confrontos Impossíveis no Homem Nerd

Olá!
A dica do dia é dar uma olhada no site do Homem Nerd. Lá tem um post muito interessante sobre confrontos entre personagens, sejam eles de quadrinhos ou filmes, ou até de desenhos animados!
São os famosos crossovers.
Eles ficaram mais famosos depois que as editoras Marvel e DC começaram a publicar várias revistas com esse tema. Mas tudo começou com uma treta entre o Superman e o Homem Aranha!

O texto ainda discorre sobre outros crossovers.
E isso acabou se transformando em uma nova seção no Blog do Homem Nerd, do meu amigo Guilherme Kroll, por conta da curiosidade que o tema desperta.

São os Confrontos Impossíveis. E a coisa funciona da seguinte maneira: eles imaginam um confronto impossível entre personagens de qualquer meio e os leitores decidem o vencedor por meio dos comentários da postagem, narrando como seria a batalha.

O primeiro confronto traz Street Fighter versus Star Wars e cada universo é representado por seu campeão, Ryu de um lado e Obi-Wan Kenobi do outro lado da força.

VS.


O Guilherme me procurou pra fazer o desenho de estréia da coluna.
Fiz os dois tretando lá, mas aqui vou postar eles separados, ok?
Se caso bateu a curiosidade, dá uma passada lá e...

Façam suas apostas!

10 de mar. de 2009

Assisti: Watchmen - O Filme

Watchmen tem sido, em muitos casos, um filme difícil de se resenhar.
Talvez pior ainda para aqueles que são fãs da obra original, a mini-série que estreou lááá na metade dos anos 80.
Pior ainda pra quem, passando por cima da obra, é muito fã de seu criador, o roteirista inglês Alan Moore. Há grandes probabilidades desse cara ser um desses nerds xiitas ou uma pessoa que dificilmente entende que existem mudanças necessárias a serem feitas para que se transponha para a grande tela uma literatura, mesmo que seja em quadrinhos.
Por mais que uma beba da fonte da outra e vice-versa.
.
Talvez até Alan Moore saiba disso e por isso mesmo detesta qualquer adaptação cinematográfica baseada em suas obras. Ele talvez saiba que nunca, eu disse NUNCA, uma obra vai ser transposta pro cinema literalmente, igualmente foi concebida.
Talvez até chegue bem perto, como foi o caso de Sin City e 300 por exemplo. Mas ainda assim houveram mudanças, mesmo tendo aí o fator de que o criador, no caso Frank Miller, estava bem ali no set de filmagens ajudando dar forma a película.
Não é à toa que uma das únicas adaptações elogiadas por Moore, seja um desenho animado do Superman, baseado na história que escreveu "For The Man Who Has Everything" (para o homem que tinha tudo), que parece ter acertado em alguma coisa em relação ao que foi concebido no original, mas isso na minha opinião não conta, já que é uma animação.
E com animação dá pra se fazer tudo!
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Os nerds palmitões que bravejam contra o filme, vomitando mil escorregadas e defeitos nele, são os mesmos que defendem Watchmen no formato de seriado de TV, no estilo de Lost por se tratar de uma obra muito rica em detalhes e personagens. Admito que poderia até ficar interessante, mas os seriados são os que mais sofrem influência da audiência, ou seja, entrariam mudanças com certeza também... e as mais absurdas diga-se de passagem!
Realmente não entendo qual é o problema com adaptações pra essa galera. Ora, o lance todo já está lá escrito e desenhado, passar isso pra live-action exatamente igual só pelo prazer de ver as figuras se mexerem?
Se um filme fosse feito transpondo exatamente o que rola na série, teríamos um filme de no mínimo 5 horas e acho que ninguém em sã consciência aguentaria isso.
.
Não disse que era um filme difícil de se resenhar? Quem não tem muito contato com esse "mundo nerd" talvez ache todo esse bate-boca uma babaquice. Talvez até tenha saido do cinema achando que o filme é uma tremenda babaquice!
O fato é que Watchmen, escrita por Moore e desenhada por Dave Gibbons, é considerada ainda, depois de 20 anos de seu lançamento, a melhor HQ sobre super-heróis de todos os tempos!!! Adoro Watchmen, tanto que li umas 5 vezes a bagaça.
Mas isso não nublou minha visão quanto ao filme e posso dizer sem medo de ser feliz, que Watchmen - o filme, é realmente O filme!!!
Apesar de vários problemas, incluindo trocas de estúdio, várias versões do roteiro, processos que chegaram a dar como certo a não exibição do filme, o mesmo blá blá blá ácido de Alan Moore e alguns cortes de cenas para que o filme tivesse um tempo razoável, achei que os elementos que fizeram a série ser o que é hoje, estavam todos lá.
.
A crítica contra a soberba e arrogância americana, tanto ao seu estilo de vida quanto ao seu poderio bélico; a tiração de sarro com a figura dos "super-heróis", as falhas humanas de caráter, preconceitos e moralidade; os traumas e problemas psicológicos dos personagens, ainda que em alguns apresentado apenas como uma fina camada, como foi o caso da segunda Silk Spectre.

Talvez a atriz Malin Akerman tenha aí uma parcela de culpa, por não apresentar sua personagem com todo o tédio, descontentamento e desespero que ela tem nos quadrinhos e mostrar sua frustação por seguir os passos da mãe na vida de heroína entre risos e flertes quando conversa com o Coruja.
Mas uma coisa que me deixou intrigado, foi o fato de terem cortado o lance dela fumar a toda hora.

Nem me incomodei muito com o Ozzymandias, apesar da composição bem diferente para o personagem. É lógico que a atuação de Matthew Goode deixou a desejar, mas não achei que ele ficou tão afeminado assim como todos estavam reclamando.
O que compromenteu a meu ver, foi o fato dele não aparentar ser um quarentão e nem ter um porte físico de um atleta olímpico.
Como minha mulher bem lembrou, existe um traço psicológico em algumas pessoas que se intitulam ou querem ser consideradas "deuses", de se portar como um ser acima do masculino e feminino, um ser sem sexo ou na melhor das hipóteses um ser andrógino.
Talvez seja isso o que ele representava, talvez seja essa a visão de Snyder para pessoas desse tipo, já que ele usou a mesma frequência no Xerxes de 300. Apesar dele aparecer, no começo do filme, ao lado dos figuras do Village People, é bom lembrar que um ícone da androgenia estava ali no meio também.
Ou você não percebeu um "David Bowie" encostado no carro a esquerda?

As boas atuações ficaram por conta de Patrick Wilson (Coruja II) e Jackie Earle Haley (Rorschach).

O filme, apesar da longa duração não é cansativo. Achei que assim como Batman-TDK, ele fluiu bem e nem notei o tempo passar.
Do resto, vamos ver:

Ação - Não faltou, muito pelo contrário, os personagens foram até "tunados" para dar um ar mais heróico e porradeiro, não tão presente nos quadrinhos. Essa foi uma das razões de algumas reclamações. Eles são mais "normais" na HQ.
Mas não houve pancadaria desenfreada. Tudo foi muito comedido.

Efeitos especiais - Confere. Tava de boa, apesar de alguns momentos do Dr. Manhattan parecer um robô falando...

Apresentação dos personagens - Bem feitas. Senti falta da explicação para a máscara do Rorschach, mas tudo bem, isso deixa o personagem mais misterioso ainda para os leigos! Aliás, a sardinha foi muito puxada pro lado dele que é destaque do filme. Seu final foi o mais sentido por todos no cinema.

Trilha sonora - Muito adolescente não deve ter curtido, mas pra nós da velha guarda Rock n´roll, foi o máximo! Além do que, pra quem manja inglês, sabe que elas estavam lá naquele momento por um motivo.

Pontos altos do filme - A abertura ao som de Bob Dylan e mostrando o começo e o que aconteceu até então com os heróis da Minutemen, a transa entre a Espectral com sua bota até as coxas (!!!) e o Coruja, as referências históricas e culturais achei bem interessante, a parte filosófica do filme onde mostra a conversa entre Jon e Laurie Juspezcyk em Marte, as lutas, o Comediante tretando com manifestantes, todas as cenas onde mostra Rorschach na cadeia e até discussão entre eles no final.

O ponto fraco talvez tenha sido a composição do personagem Ozzymandias como eu já disse anteriomente. Minha mulher, que nunca leu nada sobre Watchmen, curtiu muito o filme e saiu do cinema me perguntando algumas coisas. Algumas pontas soltas que ficaram, que pra nós leitores foi tirado de letra. Talvez isso também possa ser considerado um ponto fraco... o tempo do filme.
Infelizmente é impossível ser tão minuscioso numa obra desse calibre.
Mas aí entra um lado positivo que é o de despertar interesse em ler a série!
.
E que venha o material bônus!!!

Ah! Ia me esquecendo, a mudança do final para as "bombas Manhattan" foi bem construida e apropriada. Realmente ver uma lula gigante destruindo tudo, assim como é na HQ, ia ficar meio Power Ranger mesmo...
Apesar de ter um vínculo muito forte com essa "lula alienígena" que não foi adicionada ao final da trama, a lince mutante Bubastis ficou bem legal!
Se você não lembra ou não leu a revista, ela é resultado de uma pesquisa em engenharia genética para saber se era viável fazer o tal mostrengo.
.
Bom, acho que me extendi demais nessa resenha, e ela deu trabalho demais pra fazer.
Por fim, quero dizer que Snyder fez um ótimo trabalho. Realmente não deve ser fácil transportar Watchmen pro cinema, mas ele fez de uma maneira muito caprichada! Eu gostei.
Só me resta deixar minha nota pro filme:
.
10!!!


9 de mar. de 2009

É Hoje!!!

O filme Watchmen já estreou no dia 6, nesta última sexta feira, mas só hoje, no Domingo, é que poderei vê-lo.
Vamos ver no que dá.
Estamos indo eu, que já li a série umas 5 vezes e minha mulher que não sabe lhufas sobre eles. Só que é um filme de super-heróis e ponto!
Vai ser interessante discutir depois o filme com ela. Vou poder analisar e ver qual a impressão que ela, que faz parte de um público diferente do que um filme tão nerd se propõe, teve e qual é a reação do público em geral na saída do cinema.
Pode ser que eu me surpreenda bastante.
Então segunda tem resenha aqui!!!

(atualizado 09/03)
Infelizmente não consegui fazer a resenha hoje, prometo ela pra amanhã. Bjundas!

3 de mar. de 2009

HQs do Submundo para download

Estou disponibilizando, conforme prometido, as HQs que fiz e que foram publicadas por meio impresso, agora transformadas em PDF.
Como estou cheio de serviço ultimamente, achei legal deixar os links para download dessas histórias, para que o blog não fique tão parado também... Aliás, aproveito a oportunidade pra dar a dica de você se filiar através de RSS ou clicando aí do lado, para acompanhar o blog!
Valeu!

Sonhar é melhor foi a primeira HQ desenhada por mim que foi publicada numa revista impressa. Ela faz parte da revista Subversos #1 e conta as diferenças entre o homem do campo e o da cidade e seus desejos conflitantes. Clique aqui para baixá-la.

Final Feliz... e Retratos de uma Vida são histórias que foram publicadas respectivamente na revista Subversos 2 e 3. Uma conta a história de um morador de rua que acaba tendo um final que depende muito de seu ponto de vista e a outra é sobre um menino carente que queria ser fotógrafo e quando a oportunidade para isso aparece, ele talvez não esteja no lugar certo para aproveitá-la. Clique aqui para baixá-la.

Val - Encontro com Vantagem Unilateral ainda é recentíssima. Acabou de sair do forno na revista Val #3, mas como também já está disponível em uma versão colorida pra internet, não vi problema em disponibilizá-la para download...
Clique aqui para baixá-la.

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