Dia 05 de Dezembro tem mais um grande lançamento independente rolando em Sampa, na Livraria HQMIX (Praça Franklin Roosevelt, 142). É a 5ª edição da revista Subversos!
Como de costume, haverá quadrinhos, cerveja e muita gente divertida. Se programe. Vale a pena conferir e levar um troco pra comprar alguma coisa por lá.
Conheci essa música beeem depois do álbum Back in Black, mas logo de cara curti, pois tinha Bon Scott cantando, que na minha opinião foi um puta vocalista de rock e também pelas gaitas escocesas na música. Curto muito o som delas!
O Ac/Dc aportou no Brasil recentemente e fez um show no Morumbi, agora na sexta (27/11). Não pude ir, mas fiquei na vontade, acredite.
Essa banda representa muito pra mim, pois foi dela os primeiros LPs que comprei na vida!
Back in Black (1980) e For Those About to Rock We Salute You (1981).
Criador do personagem Tristão e autor do álbum "Pequenos Heróis", que é uma homenagem aos super-heróis da DC Comics, o escritor capixaba agora “ataca” de cartunista em seu mais recente sucesso, Os Passarinhos, e produz tiras bem legais que contam o cotidiano de dois pássaros alaprados!
Conversamos com ele pra saber como é seu processo para fazer as tiras e outras cositas más! Se você achou que a entrevista foi legal, não deixe de comentar ou passar para seus amigos pelo Twitter.
1) De onde veio a idéia de fazer os Pássaros? Foi por acaso baseado no Twitter?
Estevão:Os Passarinhos foram criados enquanto eu esperava para uma reunião de roteiro num estúdio de animação. Enquanto eu esperava os produtores, rabisquei num papel o Hector, o personagem menor, tentando fazer um passarinho mais simples possível. Depois, vi se conseguiria fazer outro personagem para acompanhá-lo numa piada, só consegui pensar numa arara, num formato “reconhecível” para as pessoas. O design do Twitter influenciou pela sua simplicidade, pois anteriormente eu tinha produzido um espaço no Twitpic um passarinho do Twitter desenhando, então sim, os passarinhos tem como exemplo a simplicidade do design do Twitter.
2) Vc é muito conhecido como roteirista. Como é que foi assumir o controle da caneta nas tiras?
Estevão: Eu não diria “muito” conhecido, mas eu prefiro trabalhar com textos. Esse trabalho é praticamente um exercício iniciado em “Enquanto Ele Estava Morto...”, o meu primeiro romance, primeiro trabalho autoral que eu ilustro. Geralmente eu trabalho em parceria, mas o livro, por falar de mim e da minha família, achei que as ilustrações deviam ser de minha autoria. Com Os Passarinhos também penso assim. Só pra registrar: trabalhei na Editoria de Arte do jornal A Tribuna (ES) por quase cinco anos, então... mas não gosto do meu traço. Com Hector e Afonso acho que casou certo.
3) Como é a produção dessas tiras. Você as roteiriza antes de desenhar?
Estevão: Sim, geralmente roteirizo as tiras. Atualmente estou com uma frente de dez tiras roteirizadas em relação ao desenho. Quando tenho uma idéia eu a coloco na “fila de espera” e vou ilustrando de acordo com a disponibilidade de tempo. Geralmente ilustro duas por dia, além de fazer vez ou outra uma ilustração avulsa, para acostumar com o traço do personagem. O roteiro é simples, como o cenário quase não muda, eu descrevo quem estará no primeiro quadro, o tipo de enquadramento e a fala. Faço isso nos outros quadros, que geralmente variam entre um a cinco, sendo mais comum tiras de quatro quadros.
Exemplo:Tira 013
Hector apresenta a mala para Afonso. Hector: Finalmente achei a mala de detetive do meu pai! Afonso: Ah, O “mestre dos difarces”? Hector metendo a cara na mala. Afonso observa. Hector: Você vai tirar essa ponta de sorriso do rosto quando me vir em ação! Hector de óculos, nariz, bigode e chapéu. Afonso observa. Hector: Então, o que me diz? Afonso com sorriso sacana para Hector. Afonso: Sei lá, me deu vontade de comer batatas...
Cada ação (ou descrição) é um quadro, para evitar uma formalização excessiva. Como as descrições são simples, é perda de tempo escrever Quadro 1, Quadro 2, 3... talvez apenas um número na frente seja o bastante, mas eu me entendo bem assim.
4) Vc pensou num público-alvo para essas tiras?
Pensei em escrever algo “acessível” para a maioria das pessoas que gostam das tiras do Garfield, Snoopy, Dilbert, Mafalda... É o que chamamos de “tira universal”. Tentar fazer uma tira que não seja datada, porque se você a coloca fora do contexto, fora da época em que foi concebida, o sentido pode se perder. Acredito que a Mafalda seja uma das exceções. Quino conseguiu fazer tiras explicando a situação do mundo e da Argentina de uma forma que, ainda hoje, você consegue ler e achar graça, mesmo se você não entender o contexto. Às vezes perde-se a crítica, mas conserva-se o humor.
5) Qual é a mensagem que vc espera passar nas tiras?
A tira é um convite à reflexão da amizade e do comportamento. Tento fazer com que pássaros vivam situações humanas e, dependendo da situação, os faço responder como simples pássaros e às vezes os faço responder como complexos seres humanos. Mesmo assim, é um convite bem-humorado aos dissabores da vida.
6) Por acaso existe a possibilidade dos pássaros serem auto-biograficos? Vc se inspira no seu cotidiano para criar algumas situações?
Sim, muito até. Tento não ser tão autobiográfico, às vezes escrevo coisas que penso fazer sentido só para mim, mas quando mostro a um ou outro, vejo que não falo apenas de mim falo de gente comum. Procuro em mim uma forma de chegar às pessoas.
7) O q vc recomenda então, praqueles que tem interesse em fazer tiras?
Primeiro, pense que, apesar de ser um trabalho artístico, é um trabalho! É uma rotina que deverá ser seguida até mesmo nos dias em que você não estiver a fim de escrever ou desenhar. As idéias existem aos montes, estilos de personagens, também. Existem pessoas que trabalham com assuntos. A tira tem um nome genérico, como “A Vida É Bela” e faz tiras sobre isso. É interessante porque quase todo tipo de assunto cabe nas tiras. Mas se você criar um personagem, existe aí uma restrição de assunto e comportamento. Quando escolher por um ou outro, terá que levar em consideração se conseguira escrever sobre o mesmo assunto ou personagem por muito tempo. Milsom Henriques trabalha com a personagem Marly há mais de vinte anos no jornal A GAZETA(ES). Todos os dias sai uma tira da solteirona tentando arrumar um namorado. Ele já inventou artifícios como um papagaio, um cão, colocou personagens... e assim mantém o mesmo tema, o mesmo personagem.
8) Em poucos dias de existência dos Pássaros, eles passaram para um patamar muito maior agora que serão publicados na revista MAD. Como é receber essa notícia?
Foi gratificante, pois assim que eu escrevi as primeiras tiras dos personagens, pensei na MAD. Esperei juntar 18 tiras e mandei para o editor Raphael Fernandes. Eu já tinha escrito mais outras dez, então, me sentia confiante para mostrar o trabalho. O primeiro contato foi uma negativa, dizendo que não se interessavam por trabalhos seriados, uma tira esporádica. Mas eu já pensava em distribuição de tiras em páginas inteiras, então criei alguns assuntos que se estendem por mais de duas tiras, criando assim, uma página de quadrinhos fechada. Ofereci novamente o trabalho, desta vez com uma resposta positiva. Inclusive, precisaram da página para aquele dia mesmo, então, eu a colorizei e editei e no mesmo dia estava encaminhada para a diagramação.
9) Dá um frio na barriga por saber que agora a produção de tiras provavelmente terá q aumentar?
Bem, dá sim, mas quando eu me propus a produzir Os Passarinhos, eu esperava desenhar feito um louco, pelo menos no primeiro ano. Me sinto preparado para isso, vejo isso como um modo de vida e uma grande aposta, como todos os projetos que toco paralelamente.
10) Vc gostaria de deixar alguma mensagem, recado, jabá, etc?
Claro! Primeiro, obrigado a todos que acompanham meus projetos. Seja o “Pequenos Heróis”, o personagem Tristão, e meu recente romance, à venda nas livrarias HQMIX e Comix (em São Paulo), na Leonardo da Vinci (no Rio de Janeiro) e na livraria Logos (no Espírito Santo). Não deixem de conferir os meus projetos em http://euriomuito.wordpress.com e acompanhem Os Passarinhos.
Tirinhas todas as terças, quintas e sábados no blog dos Passarinhos!
É isso aí, galera!
Não deixem de acompanhar essa série de entrevistas com os grandes autores da internet.
Em fevereiro de 2010 será realizado o 26º Dia do Quadrinho Nacional, com a entrega do Prêmio Angelo Agostini.
Podem participar da votação todo quadrinhista (profissional ou amador), estudioso, colecionador ou aficionado pelo quadrinho nacional, basta preencher a cédula e enviar para a caixa postal da AQC-ESP, para os endereços eletrônicos: votacao@aqc-esp.com.br e angeloagostini@bigorna.net.
Feita a apuração, os vitoriosos serão homenageados, com direito a uma exposição, troféu e festa! O resultado final e o local da festa serão divulgados no final de janeiro em revistas, em jornais de circulação nacional, em sites como no AQC-ESP, Bigorna.net, QI e em blogs como este aqui.
O prazo para o envio é até 05 de janeiro de 2009.
Para votar na categoria de Mestres do Quadrinho Nacional, assinale 3 nomes e nas outras categorias vote em apenas 2 nomes, indicando 1º e 2º lugares.
Se não quiser ou não souber, não há a necessidade de votar em todos os itens !
Participe e prestigie o quadrinho nacional e seus artistas!
Essa tira foi produzida com o programa Stripgenerator e ao contrário do que foi afirmado por mim aqui no post sobre tiras, é uma exceção à regra quanto a sua futura permanência na rede ou sua lembrança pelas pessoas.
Isso porque o Rafael Rosa é um cara muito criativo e também sabe desenhar muito bem.
Digamos que ele soube aproveitar a ferramenta.
É lógico que elas ficariam bem melhores se fossem feitas no seu traço, mas mesmo assim, tá valendo!
Acho essa música linda e não entendo por que o Dave Grohn não a grava para um disco de estúdio, da banda Foo Fighters.
Ela foi feita na época que ele era baterista do Nirvana, e só tinha ouvido ela num cd que tenho com raridades do Nirvana. Ela ficou bem mais bonita agora!
Marigold (Dave Grohl)
He's there in case I wandered off
He's scared because I want
He's there in case I want it all
He's scared because I want All in all the clock is slow
Six colour pictures all in a row of a marigold
Tentando atender a uma vasta legião de pessoas que se interessam em fazer tirinhas para internet, mas não sabem desenhar nem um palito parecido com o Dr. Pepper, bolei em fazer, há um tempo atrás, uma matéria sobre "Como Fazer Tiras".
Fiquei pesquisando durante três árduos meses na internet sobre o assunto.A ideia inicial era apresentar alguns desses programas que já vem com os desenhos, balões e cenários, para que a pessoa faça sua própria tira. Cara, descobri que tem muito disso pipocando na internet! Alguns interessantes, bem montados, etc., mas outros nem tanto. Tem uns bem tosqueira e com n° absurdo de usuários que fazem só tosqueira.Desses programas, acho que os mais famosos são: o Stripgenerator e o Bitstrips.
Uma tira especialmente feita no Bitstrip
Mas aí pensei que esse tipo de post num blog seria meio vazio e seria mais do mesmo, já que tem tantos posts sobre isso por aí, e eu, definitivamente, não queria fazer algo igual.Então, resolvi bolar algo e falar mesmo sobre o assunto. Como fazer tiras?
Primeiro vieram vários questionamentos:
- Como fazer isso?
- Como mostrar o passo-a-passo da feitura de uma tira?
- Como formatar isso num blog para que não fique enfadonho e desinteressante?
- Até quanto eu entendo sobre tiras pra passar isso?
- Vão me achar pretensioso por isso?
- Vão notar que há meses eu não faço uma só tira? =)
Então, cheguei a uma conclusão óbvia: Não tem como fazer isso!
Fazer coisas baseadas em fatos reais é uma boa também.
E por quê? Porque existem zilhões de maneiras de se fazer uma tira e cada um tem o seu jeito de fazer.
Tem tiras pra todos os gostos!
Tem as de humor, como Hagar, que são as mais comuns hoje em dia, até as de ação, como Flash Gordon, que foram muito mais comuns na década de 30.
Até nesses programas existem várias possibilidades de se contar uma história.
Então, por que não falar sobre tiras?
Quem sabe mostrando alguns exemplos e um pouco da história das tiras, não aguçe um pouco essa cabecinha sedenta por conhecimento quadrinístico, hein pequeno padawan?
Portanto, senta que lá vem a história!
Vamos começar definindo o que são tiras.
Tiras são basicamente: desenhos onde há a apresentação de personagens em situações diversas, dispostas normalmente em número inferior a quatro quadros e dispostas, em sua maioria, horizontalmente. São vários os gêneros explorados para essa arte, como ação, aventura, mistério, espionagem, cômicos, policial, drama, heróis e super-heróis. Podem ser publicadas diariamente, semanalmente ou qualquer outra periodicidade, dependendo do veículo da qual ela está sendo publicada, como por exemplo, revistas, jornais ou internet, que neste último caso, são normalmente denominadas (erroneamente a meu ver) de webcomics.
Mas isso, aposto que você já sabia.
Vamos passar para a parte histórica da coisa, agora.
Seria bom a gente iniciar o papo pela sua provável origem, quando a primeira tira de The Yellow Kid (ou O Garoto Amarelo, nome mais conhecido de Mickey Dugan, personagem principal de Hogan´s Alley) que era desenhada por Richard Felton Outcault, foi publicada em preto e branco, no dia 17 de fevereiro de 1895, no jornal New York World.
À partir de 5 de maio, deste mesmo ano, passou a ser apresentada a cores, depois que passou a receber apoio dos personagens secundários. Portanto, além de ser provavelmente a primeira tira em quadrinhos do mundo, foi uma das primeiras a serem impressas à cores. Gradualmente Yellow Kid foi se tornando parte das páginas de domingo e depois passou a aparecer várias vezes na semana.
Yellow Kid era uma criança calva, desdentada, com um largo sorriso no rosto e usava sempre uma camisola amarela. E foi nessa camisola que foram utilizadas, também pela primeira vez, o artifício de usar balões para mostrar as falas dos personagens. Na época a tira do jornal foi descrita como um panorama teatral da cidade, que mostravam as tensões raciais do novo mundo urbano, o ambiente consumista, representado por um grupo danoso de habitantes da Cidade de Nova Iorque, que gostava de lidar com coisas erradas. Ou seja, desde o começo, as tiras são um meio de comunicação para que o artista possa expressar não só a sua opinião, mas também os valores de sua época.
Tiras também são uma maneira de protesto!
E no Brasil isso é mais do que verdade! É por isso que muitos “tirinistas” acabam fazendo também charges políticas. Além de pagar bem, é uma maneira de expor suas opiniões políticas da melhor maneira. Ou você já ouviu alguém, apesar do sorriso amarelo, discutir que uma charge foi contra o que ele acredita ou o que ele segue na política? É a melhor forma de “cala-a-boca” que eu conheço.
Leia aí minha charge e engula o que eu disse!
Mas isso depende da mídia da qual você se utiliza para publicar.
Existem muitos casos de editores censores que torram o saco do pobre coitado artista!
Uma charge ou tira tem o lado "perigoso" e fantástico de influenciar uma opinião!
Por falar em censura, um fator quase certo para que a tira ou charge seja limada é a religião. Dependendo do teor dela a confusão é imensa!
Portanto, entenda: o ser humano ainda não está preparado para discutir certos assuntos. Ou você pega leve ou aguenta as consequencias!
Voltando ao lance histórico, as tirinhas de quadrinhos nos Estados Unidos são distribuídas por Syndicates. Eles funcionam nos mesmos moldes das grandes agências de notícias, só que ao invés de distribuir notícias, distribuem quadrinhos.
Aquelas letrinhas que vemos nas verticais das tirinhas americanas, nos jornais brasileiros, são os nomes dos syndicates (ou agências) das quais aquelas tirinhas fazem parte.
Se você manja um pouco de inglês, vale a pena conhecer o site. Lá é que são disponibilizados para vendas em jornais, os vários quadrinhos, com uma breve sinopse e ao menos sete tirinhas de cada autor. Você ainda pode ver as biografias de seus cartunistas preferidos!
Ainda no tópico História das Tiras e Syndicates, temos algumas curiosidades sobre o tema. É sabido que o homem começou a desenhar nas paredes das cavernas para contar o seu cotidiano. Se você reparar bem, essa “história desenhada” pode ser encarada como quadrinhos ou até tiras, dependendo do seu ponto de vista;
Quando os egípcios usaram a mesma idéia para passar seus costumes e ideologias nas paredes do Egito ou então, na era Cristã, quando a via-crúcis que foi contada através de uma seqüência de imagens, tivemos aí o nascimento dos quadrinhos, até que William R. Hearst, dono do Morning Jornal e Joseph Pullitzer, do New York World descobriram que a arte seqüencial aumenta a venda dos jornais.
À partir daí, todos os donos de jornais adoraram a idéia e começaram a querer os melhores artistas para seus jornais.
Muito antes da grande demanda pelas tiras diárias, os syndicates já faziam um trabalho de distribuição de noticias principalmente para jornais de pequeno porte que não tinham a estrutura necessária para manter seus próprios repórteres, desenhistas, etc.Essas agências passaram então a contratar desenhistas famosos e distribuir as cópias de suas tiras a vários jornais. Como o custo era baixo, uma vez que contratando o desenhista o syndicate tinha a propriedade de seu trabalho e autorização para fazer quantas cópias quisesse e vendê-las a quantos jornais fosse possível, não tardou até que eles dominassem o mercado editorial norte-americano e também o internacional.
Os artistas que não fossem filiados a algum syndicate dificilmente conseguiam trabalho, uma situação que acontecia não só nos Estados Unidos, mas também em países da Europa e também no Brasil. Houve exceções, mas de um modo geral os syndicates eram quem dominava o mercado das tirinhas diárias. Mais uma vez, pobres artistas!
Nos anos seguintes novos formatos de histórias foram criados. Dos heróis espaciais como Buck Rogers e Flash Gordon aos super heróis como Superman e Batman, a popularidade dos quadrinhos ultrapassava as fronteiras norte-americanas pelas mãos dos syndicates e chegava a Japão, Europa e também ao Brasil.
Vemos aí, que as tiras nasceram dos quadrinhos e o mesmo pode ter acontecido vice-versa. Não tem como falar de tiras sem falar de quadrinhos.
Você pode usar persoangens consagrados pra fazer tiras. Sempre dá certo!
Mas o post é sobre como fazer tiras. Acho que o caminho mais óbvio é você começar a fazer. Treino é tudo. Faça 5, 10 ou 20 por dia, dependendo da sua mente criativa, refaça metade e não fique na dúvida em joguar a outra metade fora se ficar ruim. Acontece. Bastante!
Cada um tem um jeito de produzir e você terá que achar o seu.
De repente você descobre um bom personagem, um bom mote, uma piada legal e aí a merda tá feita! Você passa de ilustre desconhecido para famoso ilustrador em segundos. É lógico que talento conta muito nessas horas.
Receita de bolo: Você escolhe um gênero, bola um personagem, bola um título pra ele, conta histórias sobre este personagem ou sobre uma situação... Mas como contar isso em 3 quadros?Será que você consegue?Essa é a parte da receita que é uma incógnita. Até porque muito depende do público que está lendo.
Isso é realmente difícil, principalmente se você escolheu tiras cômicas pra fazer.Na ação, você precisa fazer com que o leitor fique instigado a ler a próxima, esperar por ela. Assim como faz o tirinista Fabio Ciccone com o seu Magias e Barbaridades. As tiras são na verdade, quadrinhos apresentados em forma de tiras semanais.
Nas tiras de humor, você precisa manjar um pouco como funciona o punchline de uma piada. Se a piada não for forte o suficiente para tirar um sorriso que seja pelo menos para que a pessoa pense sobre o assunto.
O conselho que dou é que você faça várias antes de começar a publicar. Tanto pra treinar, quanto para ter tempo de estruturar melhor seu personagem. Eu sempre tive dificuldade de dar continuidade à tiras. Já fiz várias. E variadas. Mas nunca termino uma série.
Agripino Meia e Sr. Felpudo foi uma das tentativas. Ainda tenho algumas guardadas.
Homem-Grilo que fiz em parceria com Cadu Simões. Algumas eram roteirizadas por mim.
O Azar é seu! Sobreviveu apenas 5 tiras.
Havano era um projeto para esse ano, mas infelizmente não deu certo sua continuidade.
Então, quem quer fazer tem que fazer o oposto do que eu faço. =)
Tem que se concentrar nisso e só. Como faço quadrinhos, ilustração e outras coisas, não me preocupo tanto com tiras. Na verdade, quero me dedicar a elas só a partir de Agosto do ano que vem.Mas as tiras são uma boa maneira de você ter visibilidade em seu trabalho, sem dúvida.
Muita gente se deu bem ultimamente com elas. Mas as que vão perdurar, sem dúvida, são as dos caras que tem talento pra contar uma história e faz todas elas na unha mesmo. Sem essa de programinha para fazer tiras.
Aposto com qualquer um sobre isso.
Mas então esses programas não ajudam?Bom, no mínimo servem pra divertir.
Se você é uma pessoa que tem umas idéias boas para tiras, talvez se dê bem com algum desses programas (meu conselho é que você procure um ilustrador para fazer parceria), mas pegar, por exemplo, piadas da internet e jogá-las nesses programas, só pra fazer graça, só vai fazer com que você tenha notoriedade num pequeno grupo e só. Ninguém vai pagar por isso.
E o máximo que você consegue é que eles sejam distribuidos por e-mails através de Power Point.
Mas se é isso que você procura, bom... seja feliz!
A melhor maneira que achei de fazer a coisa certa pra passar pra vocês foi perguntando pra quem entende mais do que eu, qual é o caminho das pedras. Portanto, a partir da semana que vem vou começar uma série de entrevistas com alguns dos mais conhecidos tirinistas da internet e no final uma entrevista surpresa com um dos melhores tirinistas e chargistas da atualidade. Vocês vão conhecer a opinião dos caras que fazem!
Pete Yorn, começou sua carreira musical tocando em shows de talento na escola, porém foi na universidade que ele foi encorajado a trabalhar com a música. Após se formar, mudou-se para Los Angeles, onde começou a tocar em cafés. O produtor de cinema Bradley Thomas gostou tanto de Yorn que o convidou para compor algumas canções para o filme Eu, Eu Mesmo e Irene. Foi aí que ganhou reconhecimento internacional, abrindo caminho para a gravação de seus discos.
A gostosa atriz e cantora Scarlett Johansson, de origem dano-polonesa, foi eleita como a mulher mais sexy do mundo em 2006. Casada com o Deadpool, Ryan Reynolds, em 2008, arriscou uma carreira de cantora no álbum de covers de Tom Waits, "Anywhere I Lay My Head". Já ouvi esse álbum e sinceramente, apesar da voz deliciosa dela e de algumas músicas legais, não me cativou muito, não.
A talentosa atriz fez vários filmes, legais como A Ilha e Vicky Cristina Barcelona, mandou muito bem em Spirit e no filme Moça com Brinco de Pérola (tem uma cena com ela das mais sensuais que já vi num filme e ela nem tá pelada!) e fez até a voz da Mindy no filme do Bob Esponja!
Scarlett Johansson fará a Viúva-Negra em Homem de Ferro 2.
Em 2009, os dois se juntam para, em duas tardes, gravarem o álbum Break Up, que contém músicas com fortes influências folk. Um álbum inspirado nas gravações que Serge Gainsbourg fez com Brigitte Bardot em 1960.
Ouvi o álbum completo e tá bem legal! Recomendo!
Letra:
Pete Yorn - Relator
Pete Yorn And Scarlett Johansson
When I met you, I didn't know what to do.
I was tired, I was hungry, I fight.
Now I'm away,
I write home everyday and I see you on the TV at night.