E nem vou me prolongar muito falando de minúcias de roteiro, atuações ou direção, por que não sou nenhum gabaritado crítico de cinema, mas sim um grande fã de quadrinhos.
E o engraçado é que, na minha opinião, o filme me mostrou bem mais o "Hulk do seriado de TV" do que o "Hulk dos quadrinhos". Ou seja, esse filme está totalmente diferente do primeiro Hulk, dirigido por Ang Lee. E nem dá pra considerar uma sequência com certeza.
Desse primeiro filme, tirando a inexpressiva atuação de Eric Bana(na), a luta contra os "cães gama" e a luta final contra seu pai transformado numa espécie de Zzzzsax (pra quem não sabe um inimigo elétrico do Hulk) até achei o roteiro bem redondo, mostrando todos aqueles conflitos psicológicos e tal. Mas nesse, teve sim algumas coisas no roteiro que me incomodaram.
Primeiro, tive a sensação de que houveram cortes bruscos na trama, a parte filmada no Brasil... achei longa, com algumas atuações porcas (dos ditos "brasileiros") e acabei ficando incomodado com a clara noção de que eles têm desse país, favelado e sem autoridade nenhuma (e não é que estão quase certos?)... Depois de adivinhar se o General Ross quer mesmo destruir o monstro ou usá-lo com arma para o exército, ainda temos que engolir ele o libertando, tão facilmente quanto o enforcamento com uma corrente como desfecho de uma batalha. Para quem aguentou porrada com um carro de polícia como luva de boxe (ô cena loca!), achei pouco.
Esperava mais um pouco da luta contra o Abominável no final (não em questão de qualidade e sim de quantidade), pois foi exatamente aquilo que já havia assistido nos trailers. É o que já havia comentado aqui antes, eles liberam trocentos trailers que acabam contando metade do filme. Muito ruim isso.
Como na treta com Emil e o exército, lá pro meio do filme, que apesar de já ter visto, mesmo assim achei perfeita.
Mais nada me empolgou mais do que o famoso "Hulk Smash!".
Reconheci nesse Hulk, a proximidade com uma de suas melhores fases nos quadrinhos, mas é inegável, pelo menos para os nerds da minha idade, que a série de TV também estava muito presente.
Do close no olho antes da transformação até o pianinho remixado da música de encerramento do episódio. Aliás, essa música toca em uma cena onde mostra Bruce Banner caminhando na chuva, indo embora da cidade, com a mochila nas costas, exatamente como na série.
As constantes trocas de roupa depois da transformação, os problemas para fugir, o Gen. Ross e seu exército em peso tentando derrubá-lo... toda sua mitologia estava lá.
Aliás, tava pensando, deve ser bem difícil escrever algo novo para o Hulk no cinema que saia desse padrão.
É um filme divertido e bem pop (nem precisa ser leitor de HQ para entender e gostar), pois a intenção era exatamente essa, mas não ficou melhor que o Homem de Ferro.
Com certeza vou querer ver de novo, porque apesar do roteiro ter tido suas falhas, no quesito ação, acabou sendo filme competentíssimo e o melhor é que provavelmente o DVD venha com os 70 minutos cortados do filme, o que me deixa muito curioso pra saber se teremos mais uma versão de diretor ou uma versão de Edward Norton.
O bom é que a Marvel, que agora é a detentora dos seus filmes como produtora, está acertando cada vez mais em seus filmes e esperamos que a possibilidade de existir uma nova Elektra no futuro seja bem pequena!
Nota: 7
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23 de jun. de 2008
O Incrível Hulk
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Tá certo que já faz tempo que o filme estreou, mas só resolvi escrever meus comentários agora porque além de não ter tido tempo nenhum antes, bom... acho que deu tempo pra matutar melhor sobre ele.
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concordamos em quase tudo Vini, menos na nota huauhahuahua!!! você é mais casca grossa que eu!
ResponderExcluirum abraço