Um relutante velhinho de 88 anos resolveu recentemente leiloar duas das capas mais icônicas das "comics" americanas, e que fizeram parte de sua vida por um bom tempo!
Jerry Robinson, o Embaixador dos Quadrinhos, é o único criador da era de ouro dos quadrinhos, que aconteceu na década de 1940, que ainda está vivo. Robinson foi o criador do vilão Coringa e tinha apenas 18 anos quando o criou. Ele estava entre os pioneiros da nova arte que despontava nos EUA, e isso incluía Fred Ray, autor de umas das capas mais icônicas do Superman, onde mostra o "homem de aço" com uma águia em seu ombro em frente a um escudo dos Estados Unidos. Essa HQ, de 1942, é conhecida como a HQ do "Super-Homem Protetor da Pátria" e selou o status do super-herói como um defensor da Verdade, Justiça e do "American Way of Life".
Esses dois artistas trabalharam juntos na DC Comics, mas apenas Jerry Robinson teve a ideia de guardar os originais da revista Superman nº 14, assim como seu protótipo da capa da Detective Comics nº 69 que mostra seu personagem, o "muito louco" Coringa, apontando duas armas para a dupla dinâmica, Batman e Robin.
Ele ainda revelou em entrevista que se ele quisesse guardar seus trabalhos, assim que terminava uma capa, tinha que ligar para a gráfica e pedir encarecidamente para que eles não a destruíssem e que trouxessem ela de volta, quando eles fossem pegar um próximo trabalho. Na época era assim... e hoje 99% da arte simplesmente não existe mais!
O trabalho do quadrinista fez parte, ano passado da mostra ZAP! POW! BAM! The Superhero: The Golden Age of Comic Books, 1938-1950, em Los Angeles. Robinson foi membro da equipe original de Batman, trabalhando ao lado de grandes figuras dos quadrinhos na DC Comics como os criadores do Superman, Jerry Siegel e Joe Shuster, e do rei Jack Kirby, criador do Capitão América da Marvel, mas que fez coisas importantes na DC como a criação dos Novos Deuses e do vilão Darkeid.
O 'Protetor da Pátria' se tornou uma capa ícone da Segunda Guerra
Mundial, pois os norte-americanos precisavam de algo para
se inspirar na época, precisavam de heróis e, assim como o
Capitão América, o Super-Homem se tornou símbolo da América.
Mundial, pois os norte-americanos precisavam de algo para
se inspirar na época, precisavam de heróis e, assim como o
Capitão América, o Super-Homem se tornou símbolo da América.
O artista está oferecendo esses trabalhos em um leilão, pelo site ComicConnect.com, que vai rolar entre os dias 10 de novembro até o dia 1 de dezembro desse ano. Projeções afirmam que a capa do Superman deva atingir entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão, enquanto a do Coringa chegue próximo da casa dos US$ 400 mil.
Arte original de capa de Jerry Robinson, de 1942,
com o Coringa, feita para a revista "Detective Comics".
Robinson disse que quando criou o vilão para o Batman, queria que ele fosse mais na linha dos vilões da literatura de Shakespeare, que fosse habilidoso, que usasse criações suas, queria criar um vilão honorável. Então ele criou um vilão sem superpoderes, mas com tendências maníacas e com um senso de humor peculiar. E sim, a ideia veio de um baralho!
Curiosidade: O recorde para uma arte original de quadrinhos, batido este ano, é de US$ 389 mil para uma capa da "Weird Science" de 1955 feita por Frank Frazetta. O recorde para uma revista de quadrinhos é de US$ 1,5 milhão, batido ano passado, para uma Superman Action Comics nº1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentaê