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Esse post contém provavéis "spoilers" sobre o filme, portanto, se você ainda não assistiu e não quer estragar sua sessão de cinema, não leia à partir desse ponto...
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É inevitável a comparação por se tratar de filme baseado em quadrinhos... por isso demorei pra escrever esse.
Por isso, decidi não colocá-lo em patamar nenhum, de melhor ou de pior "filme de quadrinhos" do ano. Simplesmente não é justo...
Até porque Hellboy é outro tipo de literatura, outro tipo de herói e de longe não chega nem perto da fama que o morcego tem, ainda mais depois de toda repercursão do seu último filme.
Mas vamos lá... conheço bastante Hellboy pra arriscar algumas palavras por aqui. E já vou avisando: Acho o personagem ducaraio! Muito fã mesmo, mas isso em nada vai atrapalhar a avaliação, juro! ;)
Bom, esse segundo filme do demônio estava me deixando um pouco com um pé atrás, pois eu já vinha de uma decepção medonha em relação ao filme "O Labirinto de Fauno" que achei fraco e a última história que li do cramulhão vermêio não havia me agradado em nada...
Eis que no começo do filme sou apresentado a um jovem demoninho que mais parecia aquelas crianças medonhas que participam de concurso de beleza nos EUA. Sério, você não imagina o que é isso? Então clica aqui pra ver do que se trata.
Aí, eu pensei: "Fudeu!"
Passado o susto, é até legal ver o pequeno demoninho imaginando através de cenas feitas com uma espécie de bonecos, desenhados ao estilo de Mignola, a lenda por detrás do Exército Dourado que seu "pai", Trevor 'Broom' Bruttenholm, conta.
Bem ao estilo das revistas de Hellboy, que introduz primeiramente o leitor ao tema, através de historinhas, em sua maioria baseados em lendas místicas e/ou mitos folclóricos, e a partir daí a história é desenvolvida.
No filme é igual.
E é por isso que a gente vê o quanto o personagem é respeitado na mão (de pedra) de Guillermo del Toro.
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Nuanda, como um filho legítimo da Terra, simplesmente se cansou de séculos de deferência aos humanos (que vivem detonando com tudo) e resolveu quebrar a trégua existente. Para isso, ele precisa juntar as três partes de uma coroa encantada para comandar o então adormecido exército de máquinas mortíferas, que devolverão a todas as criaturas mágicas a liberdade para tocarem o puteiro.
E ele passa por cima de qualquer um pra conseguir, até de seu próprio pai!
Hellboy, agora muito mais sacana que no primeiro filme, está no caminho de Nuada para impedir a completa aniquilação da humanidade.
Foi um filme bem legal de assistir porque ele têm todos os elementos que fazem a HQ ser tão boa.
Monstros (destaque para Wink e as fadas dos dentes que ficaram muito show), as brigas (que estão muito bem feitas nesse filme), as discussões entre os parceiros, o humor e todo aquele ar místico das histórias.
Houve até um inusitado "papo de bar" entre Abe e Hellboy. Cena hilária!
O Abe (Doug Jones) está muito bem nesse filme!
Até o que eu achei que não iria funcionar nesse filme funcionou, que era a união de Hellboy (Ron Perlman) e Liz Sherman (Selma Blair).
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A integração dele ao grupo foi muito bem sacada! Assim como a cena do vestiário... hilária!
Outro destaque é o murro que Wink desfere em Hellboy, com charuto na boca. Já vi isso pessoalmente e nunca imaginaria ver isso no cinema! =D
Enfim, um filme muito legal de se ver, apesar do enredo ser um pouco fraquinho (mas bem melhor que essa última revista do "Vermelho"). Com todos os personagens tendo seu momento, com imagens boas, trilha sonora descoladinha...
Filme bem leve e descompromissado. Longe do "papo cabeça" de TDK, Hellboy: The Golden Army está mesmo mais para "papo de boteco", e isso é muito bom!
Por isso vai levar nota 8,5!
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