Fantástico é pouco pra descrever esse livro.
Realmente fiquei impressionado com "Retalhos" de Graig Thompson. Não só pela narrativa e pelos belíssimos desenhos, mas pela sinceridade da obra! O autor retrata sua própria história, da infância, onde tinha que dividir a cama com o irmão mais novo até o início da vida adulta, onde conta sobre seu primeiro relacionamento amoroso.
O cenário é uma gelada cidadezinha de Wisconsin assolada pela neve de um rigoroso inverno. Seu crescimento ainda é marcado pelo temor à Deus, transmitido por seus pais cristãos, seu colégio, o pastor de sua igreja e as trágicas passagens bíblicas que lê.
Tudo isso se interpõe contra seus desejos, como o de se expressar através do desenho, onde, segundo seus "educadores", era "coisa do demônio". A história tem vários pontos interessantes como religião, espiritualidade, neuras pessoais, relacionamento familiar e social e o que me chamou bastante a atenção, como nisso tudo se encaixou uma história de amor sem ter ficado piegas, melosa ou qualquer outra coisa assim.
Realmente fiquei impressionado com "Retalhos" de Graig Thompson. Não só pela narrativa e pelos belíssimos desenhos, mas pela sinceridade da obra! O autor retrata sua própria história, da infância, onde tinha que dividir a cama com o irmão mais novo até o início da vida adulta, onde conta sobre seu primeiro relacionamento amoroso.
O cenário é uma gelada cidadezinha de Wisconsin assolada pela neve de um rigoroso inverno. Seu crescimento ainda é marcado pelo temor à Deus, transmitido por seus pais cristãos, seu colégio, o pastor de sua igreja e as trágicas passagens bíblicas que lê.
Tudo isso se interpõe contra seus desejos, como o de se expressar através do desenho, onde, segundo seus "educadores", era "coisa do demônio". A história tem vários pontos interessantes como religião, espiritualidade, neuras pessoais, relacionamento familiar e social e o que me chamou bastante a atenção, como nisso tudo se encaixou uma história de amor sem ter ficado piegas, melosa ou qualquer outra coisa assim.
Apesar das quase 600 páginas, a HQ que é livro, não enjoa nem cansa.
Os desenhos em alguns quadros e numa vista rápida, pode te levar a pensar que são borrões a esmo e que não tem nada de espetacular, mas muito se engana quem pensar isso! Os desenhos são de um detalhismo à parte. Desde as referências, como as bandas dos anos 90 em posteres ou em camisetas, até no cenário em si, com construções, ambientes internos da casa e até reflexos nos carros. Tudo desenhado com rachuras e pinceladas de nanquim que conseguem te tirar emoções, pois traduzem toda a angústia ou sentimento dos personagens...
Logo na primeira parte, quando seu irmãozinho é trancado pelo pai num quartinho empoeirado e escuro, já dá uma noção do que esperar quanto a emoções no decorrer do livro.
Os desenhos em alguns quadros e numa vista rápida, pode te levar a pensar que são borrões a esmo e que não tem nada de espetacular, mas muito se engana quem pensar isso! Os desenhos são de um detalhismo à parte. Desde as referências, como as bandas dos anos 90 em posteres ou em camisetas, até no cenário em si, com construções, ambientes internos da casa e até reflexos nos carros. Tudo desenhado com rachuras e pinceladas de nanquim que conseguem te tirar emoções, pois traduzem toda a angústia ou sentimento dos personagens...
Logo na primeira parte, quando seu irmãozinho é trancado pelo pai num quartinho empoeirado e escuro, já dá uma noção do que esperar quanto a emoções no decorrer do livro.
Essa fase dos irmãos quando crianças é uma das coisas mais tocantes e belas do livro.
Os desenhos conseguiram passar bem seus dramas, principalmente os de Graig, que era mais um desses guris que sofrem de "booling" na escola (que nerd não sofreu na escola?) e que questiona seu papel de irmão mais velho e protetor. Essas coisas fazem com que você imediatamente crie um vínculo afetivo com esses personagens.
Talvez até por ter tido também problemas de relacionamento com meu irmão quando criança, sei lá...
Me identifiquei muito com a história, e o que me chamou mais a atenção na compra desse livro foi o tema dele. Pensei comigo: "O cara também é desenhista e questiona todo esse lance de religião e espiritualidade, e o que tudo isso influencia nos nossos relacionamentos externos. Taí uma coisa que pode me ajudar a entender esse mundo!".
A HQ é recomendadíssima pra esses adolescentes que estão nessa fase "Crepúsculo" da vida. Pra eles entenderem que existe sim maneiras mais inteligentes de se contar a história de um relacionamento amoroso.
Aliás, um fato curioso é que a personagem Raina, às vezes, é desenhada de uma maneira que parece se destacar de todo cenário da história. Pelo menos, foi essa a impressão que me passou.
Uma das HQs mais premiadas de todos os tempos, com três prêmios Harvey, dois Eisner (o Oscar dos quadrinhos) e outro da Associação Francesa de Críticos e Jornalistas de Quadrinhos, “Retalhos” foi lançado lá fora em 2003, é um romance autobiográfico, que fala sobre seu crescimento num lar extremamente religioso, a descoberta do primeiro amor ainda na adolescência, sobre escolher caminhos a seguir, e como isso pode ser atrapalhado se confrontado com os ensinamentos da Bíblia. Ainda mais quando assombrado por visões religiosas.
Vale a pena também dar uma olhada no blog do autor que atualmente está fazendo "Habibi", uma obra em que ele vem trabalhando há cinco anos, e que fala sobre o mundo árabe. Thompson também já lançou um livro-HQ com registros de sete meses de andanças pela Europa e pelo norte da África em 2004, chamado "Carnet de Voyage".
É isso aí. Se fosse você não perdia a oportunidade em ler essa obra em quadrinhos!
"De que importa ganhar o mundo se eu perder a minha alma?" - Graig Thompson
Os desenhos conseguiram passar bem seus dramas, principalmente os de Graig, que era mais um desses guris que sofrem de "booling" na escola (que nerd não sofreu na escola?) e que questiona seu papel de irmão mais velho e protetor. Essas coisas fazem com que você imediatamente crie um vínculo afetivo com esses personagens.
Talvez até por ter tido também problemas de relacionamento com meu irmão quando criança, sei lá...
Me identifiquei muito com a história, e o que me chamou mais a atenção na compra desse livro foi o tema dele. Pensei comigo: "O cara também é desenhista e questiona todo esse lance de religião e espiritualidade, e o que tudo isso influencia nos nossos relacionamentos externos. Taí uma coisa que pode me ajudar a entender esse mundo!".
A HQ é recomendadíssima pra esses adolescentes que estão nessa fase "Crepúsculo" da vida. Pra eles entenderem que existe sim maneiras mais inteligentes de se contar a história de um relacionamento amoroso.
Aliás, um fato curioso é que a personagem Raina, às vezes, é desenhada de uma maneira que parece se destacar de todo cenário da história. Pelo menos, foi essa a impressão que me passou.
Uma das HQs mais premiadas de todos os tempos, com três prêmios Harvey, dois Eisner (o Oscar dos quadrinhos) e outro da Associação Francesa de Críticos e Jornalistas de Quadrinhos, “Retalhos” foi lançado lá fora em 2003, é um romance autobiográfico, que fala sobre seu crescimento num lar extremamente religioso, a descoberta do primeiro amor ainda na adolescência, sobre escolher caminhos a seguir, e como isso pode ser atrapalhado se confrontado com os ensinamentos da Bíblia. Ainda mais quando assombrado por visões religiosas.
Vale a pena também dar uma olhada no blog do autor que atualmente está fazendo "Habibi", uma obra em que ele vem trabalhando há cinco anos, e que fala sobre o mundo árabe. Thompson também já lançou um livro-HQ com registros de sete meses de andanças pela Europa e pelo norte da África em 2004, chamado "Carnet de Voyage".
É isso aí. Se fosse você não perdia a oportunidade em ler essa obra em quadrinhos!
"De que importa ganhar o mundo se eu perder a minha alma?" - Graig Thompson
muito obrigado pela dica....fiquei curioso para ler este HQ......
ResponderExcluirVale muito a pena, Thiago!
ResponderExcluirVai por mim.
Abs e obrigado pela visita!