Overman, na minha opinião, é um dos melhores personagens de história em quadrinhos brasileiros.
Criado pelo cartunista paulistano Laerte, ele é a síntese do que um super-herói brasileiro é (ou deveria ser). Folgado, faz corpo-mole, é sempre feito de trouxa, é simplório e inocente e as vezes até medroso. Definido como uma sátira ao arquétipo super-heróico americano, como o Superman e todos os outros super-heróis da DC Comics e/ou Marvel Comics.
Muitos reclamam dos super-heróis brasileiros "metidos" a engraçadinhos. Mas são os que mais dão certo por aqui.
A fórmula é americana e transportar essa fórmula pro Brasil é bem difícil.
Os anti-quadrinhos nacionais estão aí por isso. Muitos erros nessa "linha editorial" (super-heróis) faz com que a maioria dos títulos nacionais caiam em discrédito, justamente por conta disso...
Mas isso é assunto para outro post.
Além do poder de voar, Overman tem força física extraordinária. Ao contrário de Superman, ele nunca tira seu uniforme, pois ele não possui uma identidade secreta. E assim como o herói "americano", Overman também é orientado moralmente pela mesma fórmula bipolar, ou seja, compreende o mundo através da ótica do “bem-ou-mal”.
É daí que advém a maior parte da comicidade dele. Sua noção moral simplista torna-o inepto à sociedade brasileira, onde freqüentemente as noções de ordem e moral precisam ser “cordialmente” burladas em favor da simples sobrevivência do indivíduo. O "jeitinho" brasileiro.
E ele, travestido de super-herói, privado de uma identidade secreta, é incapaz de entender isso.
Tal como todo super-herói, Overman possui também um ajudante. Seu "side-kick" atende pelo nome de Ésquilo, com quem divide uma vaga em uma pensão decadente, localizada ao lado de um estacionamento. Overman recebe pedidos de socorro através de um telefone público e de um mural de recados. Ainda que combata supervilões, Overman passa a maior parte de suas “aventuras” lidando com problemas cotidianos.
O contraste entre a função principal do personagem – a de herói, divulgador de bom exemplo, fazedor de proezas – e as pressões da vida cotidiana brasileira – contas a pagar, desemprego, inflação, etc. – dão argumento à maior parte das piadas.
Leia mais em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Overman
Agradecimentos ao FARRA (clique na capa).
Criado pelo cartunista paulistano Laerte, ele é a síntese do que um super-herói brasileiro é (ou deveria ser). Folgado, faz corpo-mole, é sempre feito de trouxa, é simplório e inocente e as vezes até medroso. Definido como uma sátira ao arquétipo super-heróico americano, como o Superman e todos os outros super-heróis da DC Comics e/ou Marvel Comics.
Muitos reclamam dos super-heróis brasileiros "metidos" a engraçadinhos. Mas são os que mais dão certo por aqui.
A fórmula é americana e transportar essa fórmula pro Brasil é bem difícil.
Os anti-quadrinhos nacionais estão aí por isso. Muitos erros nessa "linha editorial" (super-heróis) faz com que a maioria dos títulos nacionais caiam em discrédito, justamente por conta disso...
Mas isso é assunto para outro post.
Além do poder de voar, Overman tem força física extraordinária. Ao contrário de Superman, ele nunca tira seu uniforme, pois ele não possui uma identidade secreta. E assim como o herói "americano", Overman também é orientado moralmente pela mesma fórmula bipolar, ou seja, compreende o mundo através da ótica do “bem-ou-mal”.
É daí que advém a maior parte da comicidade dele. Sua noção moral simplista torna-o inepto à sociedade brasileira, onde freqüentemente as noções de ordem e moral precisam ser “cordialmente” burladas em favor da simples sobrevivência do indivíduo. O "jeitinho" brasileiro.
E ele, travestido de super-herói, privado de uma identidade secreta, é incapaz de entender isso.
Tal como todo super-herói, Overman possui também um ajudante. Seu "side-kick" atende pelo nome de Ésquilo, com quem divide uma vaga em uma pensão decadente, localizada ao lado de um estacionamento. Overman recebe pedidos de socorro através de um telefone público e de um mural de recados. Ainda que combata supervilões, Overman passa a maior parte de suas “aventuras” lidando com problemas cotidianos.
O contraste entre a função principal do personagem – a de herói, divulgador de bom exemplo, fazedor de proezas – e as pressões da vida cotidiana brasileira – contas a pagar, desemprego, inflação, etc. – dão argumento à maior parte das piadas.
Leia mais em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Overman
Agradecimentos ao FARRA (clique na capa).
Opa, Falae, Vini!
ResponderExcluirSeguinte, achei muito maneiro o Post, concordo cmo você em gênero, número e grau com o que vc fala no começo sobre super-heróis "Brasileiros". E, se fosse para ter um personagem tão emblemático quanto o Superman no Brasil, acho que o que melhor representaria o país é justamente o Overman, não pelo fato de ele ser um "superman" às avessas, mas justamente porque um dos grandes méritos do brasileiro é justamente o humor ácido, crítico e cínico(vide clássicos da TV como TV Pirata e os antigos quadros dos trapalhões e do Chico Anysio) a respeito da vida, política, sociedade e de si mesmos.
E, considerando tudo isso, Overman é ALTAMENTE RECOMENDÁVEL!
Ótimo post, abraço!
Com certeza, Rafael.
ResponderExcluirOverman, com certeza é altamente recomendável!
Tem amigo meu que acompanhava meu trampo no Homem Grilo justamente por ele tb ser um herói que não pode ser levado a sério.
É isso que funciona aqui. Humor.
valeu pelo comentário.
Abs!