Pois é, quando li essa matéria que foi publicada na revista Galileu, também fiquei de cara! Como assim a capacidade do ser humano está no limite?
Já tinha ouvido falar que na verdade utilizamos bem mais do que os 10% da capacidade cerebral que era costumeiro das pessoas comentarem, mas ser fato que a humanidade não tem mais a capacidade de evoluir sua atividade cerebral?... Cara, isso é muito broxante!
Ter que aturar pessoas que curtem Michel Teló, acreditam em Inri Cristo e compram TecPix pro resto de nossas vidas miseráveis nesse planeta? Sério, mesmo?
Bem, segundo uma pesquisa recém-publicada por uma equipe da Universidade de Cambridge, com base em um mapeamento de centenas de pessoas, reforçou a tese recorrente na neurociência de que sim, nossa inteligência chegou a seu limite. É lógico que os estudos ainda devem prosseguir por um tempo para realmente confirmá-la, mas este trabalho, somado aos que vinham sendo realizados nos últimos anos, não deixa margem para muitas dúvidas.
Nossa espécie passou os últimos 150 mil anos melhorando o cérebro. Foi o
que garantiu que fossem criadas as pirâmides, ônibus espaciais,
tratados de filosofia, computadores e outras cositas más.
Se nossa inteligência continuasse aumentando, segundo esse tratado, começaríamos a tirar muita energia de outros órgãos que garantem a nossa sobrevivência. Nosso sistema nervoso
passaria a consumir energia e oxigênio a tal ponto que atrapalharia o
funcionamento do resto do organismo. E isso não deve acontecer, a não ser que esse seja o fim de nossa espécie, pois inviabilizaria e comprometeria nossa existência aqui.
Veja só você, depois de uma longa evolução que ocorreu nesses
últimos 200 anos, e que nos fez
mais inteligentes do que nossos ancestrais, chegamos, enfim, ao limite da inteligência.
O cérebro humano tem a capacidade de nos tornar altamente
adaptáveis a situações e ambientes, nos ajudando a sobreviver em
lugares hostis e de mudanças bruscas, além de nos permitir fazer planos,
resolver problemas e pensar estrategicamente. Para dar conta do recado, ele mantém uma vasta rede de neurônios (no caso de seres humanos não-loiras, kkkk).
O cérebro ajustou uma certa sintonia neste
sistema, mantida por centenas de células, que ficam localizadas em
diferentes lugares e oscilam de forma sincronizada. Ao longo
do tempo, essa sincronia da rede cerebral
ganhou nódulos intermediários, que garantem que a informação
chegue a todos os pontos do corpo sem distorções. Tal evolução nos
permitiu aumentar a velocidade das conexões, pensar mais rápido ou
lembrar mais coisas sem fazer crescer demais o consumo energético. E esse tipo de mecanismo tem, infelizmente, um limite.
Sabe quando você se sente cansado após estudar muito para uma prova, fazer um trabalho de faculdade (menos a galera do Ctrl C + Ctrl V), ler algo que exige muito da cachola como Filosofia, por exemplo, e/ou jogar um jogo
de memória complexo? Pois é, isso é natural e este
processo demanda uma grande quantidade de energia e oxigênio. É
impossível otimizá-lo a ponto de zerar o consumo energético. Tá entendendo agora porque aquele seu colega de trabalho de faculdade que não faz nada é tão lesado? Sim, na verdade, ele está sendo safo e otimizando sua capacidade para outras coisas como jogar video-game ou comer muito BigMac.
Existe
um nível em que não é mais funcional alimentar o cérebro, afinal, o
organismo também precisa realizar outras tarefas vitais, como digestão e
respiração. É como se fosse uma espécie
de balança comercial de energia. O custo mínimo não nos deixa muito
inteligentes, enquanto que o investimento máximo custa caro demais para o
organismo. Isso explica o excesso de cansaço depois de um trabalho muito cerebral ou então daquela falta de fome! Eu, pelo menos quando estou criando algo, trabalhando em meus projetos, não sinto muito a necessidade de mais nada além de terminar aquilo.
Portanto, a melhoria nas nossas
conexões cerebrais, há certo momento da nossa escala evolutiva, pode gerar um custo para manter o
sistema nervoso, causando assim uma pane nos outros órgãos.
Parece que chegamos a um ponto em que pra sermos ainda mais espertos, significaria ter um organismo com mal funcionamento! Taí o Stephen Hawking que não me deixa mentir... (tá, desculpa a piada de humor negro, não pude evitar).
Mas isso não significa que ainda não veremos outras grandes maravilhas feitas à partir do brilhantismo de uma mente humana. Ainda iremos evoluir muito em questões tecnológicas, mecânicas, filosóficas, sociais, etc. Acho que isso não nos torna piores, apenas chegamos a um limite. Isso até que inventem algo para turbinar o corpo e ele não precisar despender tanta energia para se alimentar. Disso eu não duvido nada!
Fonte: Revista Galileu (Ed Bullmore - neurocientista e professor de psiquiatria da Universidade de Cambridge, Inglaterra)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentaê