Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ou apenas o Doutor Sócrates, faleceu neste Domingo (05/12) aos 57 anos em virtude de uma infecção intestinal...
Sócrates além de médico, atribuição que o
impedia de se dedicar 100% ao futebol, era um craque sem igual. Sua carreira foi singular e brilhante, não só pela habilidade com a bola, com seu jogo refinado e repleto de toques de calcanhar, passes e lançamentos
precisos, mas pela inteligência dentro e fora de campo.
Jogador muito politizado, Sócrates fez parte não só da chamada Democracia Corintiana, política adotada dentro do Corinthians que dava liberdade aos atletas nas decisões referentes
ao departamento de futebol, mas teve papel de
destaque na campanha por Diretas Já no Brasil, no início da década de
80. Ele tinha ideais socialistas e era admirador do regime cubano – o mais
novo de seus filhos recebeu o nome em homenagem ao líder cubano Fidel
Castro.
Sob sua regência, o Corinthians
faturou o bicampeonato estadual (1982 e 83) e se tornou uma das
equipes mais fortes do país. Foi no time do
Parque São Jorge que o Doutor se tornou referência e ídolo da Fiel.
E não foram somente suas exibições no Corinthians que chamavam a
atenção. Estreando na Seleção Brasileira em 1979, onde batemos o Paraguai por 6 x 0, no
Maracanã, sob o comando de Telê Santana, o jogador brilhou ao lado de
Zico, Falcão, Júnior, Leandro, Éder e Cerezo, porém
foi duramente castigado com a eliminação para a Itália na Copa de 82.
Com a abertuta do mercado italiano no futebol, o doutor defendeu o Calcio e a Fiorentina, e depois de um ano e meio sob as cores do clube de Florença, Sócrates
retornou ao Brasil para defender o Flamengo e, mais uma vez,
formar parceira com Zico, conquistando o Campeonato Carioca de 1986.
Ele ainda jogou pelo Santos, em 1988 mas,
pouco tempo depois, decidiu se aposentar de vez, finalizando
simbolicamente sua brilhante trajetória desportiva no Botafogo de Ribeirão Preto,
onde ele havia começado.
Sócrates teve problemas com as bebidas alcóolicas durante um tempo, o que acabou se agravando num quadro de cirrose hepática, que causou hemorragia e problemas sérios no esôfago, mas o ex-jogador nunca escondeu o que pensava e enfrentou o alcoolismo, assim como pode.
Fica aqui então a minha homenagem ao "Dotô". Grande figura do futebol e da sociedade brasileira!
Valeu, meu velho!
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Fonte: Globo Esporte.com
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