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27 de nov. de 2010

Mr. T e James Brown em Gestalt


A Psicologia da forma! A Gestalt (o que é colocado diante dos olhos) é uma teoria da psicologia iniciada no final do século XIX na Áustria e Alemanha que possibilitou o estudo da percepção.

Segundo a Gestalt, o cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interacção entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização perceptual como: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento, unidade, simplicidade e figura/fundo. Sendo assim o cérebro tem princípios operacionais próprios, com tendências auto-organizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos.
Dizer que um processo, ou o produto de um processo é uma gestalt, significa dizer que não pode ser explicado pelo mero caos, a uma mera combinação cega de causas essencialmente desconexas, mas que sua essência é a razão de sua existência. Gestalt significa um processo de dar forma ou configuração, uma integração de partes em oposição à soma do "todo".

Fundamentam-se nas afirmações de Kant de que os elementos por nós percebidos são organizados de forma a fazerem sentido e não apenas através de associações com o que conhecemos anteriormente. 
É mais ou menos por isso que a viajante do tempo passou despercebida no filme do Chaplin. =)
 
Ultimamente estudei sobre a Gestalt na Universidade e curti saber mais sobre. Fui apresentado a um desenho muito maneiro do James Brown no melhor estilo Gestalt! Olha só!
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Todos os elementos da Gestalt estão presentes nessa ilustração:
  • a emergência - O rosto aparece por inteiro, depois identificamos suas partes. Ao contrário de um texto escrito, não se vê pedaços de uma imagem que, aos poucos, compôem um todo);
  • Reificação - O rosto é construído pelos traços que se formam nos espaços entre as linhas e letras (repare a franja). Eis um excelente exemplo da importância dos espaços em branco (vazios) no desenho de uma página. Eles dão suporte para os outros elementos;
  • Percepção Multi-Estável - Em uma composição bem-feita, a visão não “pára” em um lugar. Perceba como você olha para o rosto, o nome, o fundo. ISSO é interatividade!;
  • Invariância - As letras são reconhecidas e podem ser lidas, pouco importa seu tamanho, distorção ou escala;
  • Fechamento - Tendemos a “completar” a figura, ligando as áreas similares para fechar espaços próximos;
  • Similaridade - Agrupamos elementos parecidos, instintivamente. Perceba que, por mais que você tente evitar, o rosto se destaca do fundo, mesmo sendo da mesma cor;
  • Proximidade - Elementos próximos são considerados partes de um mesmo grupo;
  • Simetria - Imagens simétricas são vistas como parte de um mesmo grupo, pouco importa sua distância. É o que forma o fundo – e o separa do rosto;
  • Continuidade - Compreendemos qualquer padrão como contínuo, mesmo que ele se interrompa. É o que nos faz ver a “pele” do sr. Brown como algo contínuo, mesmo com todos os “buracos” das letras;
  • Destino Comum - Elementos em uma mesma direção são vistos como se estivessem em movimento e formam uma unidade, como se percebe na “explosão” que acontece no fundo do cartaz.

Considerações de Luli Radfahrer

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