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3 de abr. de 2010

A Caixa de Pandora

Na mitologia grega, Pandora (que significa bem dotada) foi a primeira mulher que existiu na Terra. Criada por Zeus (Júpiter) para castigar os homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo, ela surgiu para o mundo como resultado da participação de vários deuses em sua formação: o primeiro a colaborar nesse sentido foi Hefesto (Vulcano), que moldou sua forma a partir de argila; depois dele, Afrodite (Vênus) deu-lhe beleza; em seguida, Febo (Apolo) incutiu-lhe talento musical; Ceres (Deméter) ensinou-lhe a arte da colheita; Atena (Minerva) concedeu-lhe a habilidade manual; Mercúrio (Hermes), dotou-a do dom da persuasão; Poseidon (Netuno) forneceu-lhe um colar de pérolas e a certeza de não se afogar, além de outros mais. Ao final, Zeus, após arrematar a obra dando-lhe uma série de características pessoais, enviou-a para a Terra, onde ela foi dada como presente a Epimeteu, irmão de Prometeu.
Resumidamente, diz a lenda que Prometeu e seu irmão, que eram Titãs, foram encarregados pelos deuses de fazer tanto a criatura humana como os animais, dando a cada um deles as condições necessárias para sua preservação no ambiente onde viveriam. Epimeteu encarregou-se de atribuir aos bichos os melhores atributos de que precisariam para sobreviver (como velocidade, asas, garras, dentes, etc.), mas quando chegou o momento de produzir o homem, que deveria ser superior aos demais, já não dispunha mais dos recursos de que precisava para fazer isso. Desorientado e sem saber como proceder, ele então recorreu ao irmão, que para socorrê-lo subiu ao céu e lá acendeu sua tocha no carro de Hélios, o deus-sol, trazendo o fogo para o homem e dando-lhe, assim, o recurso com que poderia subjugar as outras espécies vivas. 

Zeus irritou-se com a atitude de Prometeu, e desejando puni-lo pela audácia, enviou-lhe a recém-acabada Pandora, mas o titã a recusou. Ela então foi oferecida a Epimeteu, que apesar da recomendação do irmão de sempre desconfiar dos presentes dados pelos deuses, a aceitou de bom grado e casou-se com ela.
Acontece que Pandora levava consigo uma caixa que continha todos os males do mundo, tais como doenças do corpo e do espírito; Existem outras versões sobre essa caixa, dependendo do autor, mas a mais comum, é a que diz que por ordem de Zeus, Prometeu foi preso e condenado a ficar acorrentado no alto de uma montanha, aonde, todos os dias, uma águia gigante vinha comer-lhe as vísceras, que eram regeneradas à noite, para que ele então, ficasse fadado a sentir as dores da morte por toda eternidade. Antes, porém, ele deixou com seu irmão uma caixa contendo todos os males que poderiam atormentar o homem, pedindo-lhe que a olhasse com cuidado e não deixasse ninguém se aproximar dela. Atendendo a essa recomendação, Epimeteu havia colocado duas gaiolas com gralhas no fundo da caverna onde morava, escondendo a caixa entre elas. Desse modo, caso alguém se aproximasse sem que ele o percebesse, as gralhas fariam um barulho insuportável, alertando-o sobre o intruso...

Pandora conseguiu convencê-lo a tirar as gralhas da caverna alegando que não se sentia bem com as aves por perto porque tinha medo delas. Epimeteu atendeu à esposa, a mais tarde, após tê-la amado, caiu em sono profundo. Valendo-se da oportunidade Pandora foi até a caixa e a abriu, permitindo que males como mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte e outros mais, de lá saíssem em turbilhão, de forma tão assustadora que ela entrou em pânico e fechou o estojo antes que o último deles conseguisse escapar: o que acaba com a esperança.

Nessa curta animação francesa, Pandora é apenas uma simpática garotinha, que vive no Olimpo e não tem medo de nada. Assim que abre uma misteriosa caixa ela libera um monstro maligno, porém ela parece se divertir muito com as "caretas" que ele faz!
Animação produzida por: Marion Stinghe, Franck Meryl, Guillaumot Bento, Nicolas CAFFARELLI Tannu Elen






Pesquisa sobre a Caixa de Pandora: FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

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